4 teorias da gestão da inovação que todo profissional tem que saber

O dia a dia de quem é empreendedor ou executivo de grande empresa é uma loucura. Reuniões, conference calls, revisão de projetos, análise de informações. Não sobra tempo para pesquisar sobre o que funciona e o que não funciona em gestão. É aí que mora o perigo!

Usar conhecimento desatualizado, inútil ou mal formulado pode ser desastroso. Agindo dessa forma o gestor atua como o médico que não pesquisa a nova formulação do remédio que irá prescrever para seu pFacultyOfScienceaciente ou que aplica remédios já descontinuados. Tanto o médico quanto o executivo ou empreendedor tem que recorrer a ferramentas que facilitam sua atuação. Essas ferramentas são os conhecimentos produzidos no respectivo campo de estudo que sejam mais aderentes aos problemas que cada um enfrenta. Para ter alto desempenho no tratamento de uma gripe ou no desenvolvimento de projetos inovadores é preciso usar o que há de melhor e não o remédio preferido. A proliferação da palavra inovação tem gerado uma perda de significado sobre a mesma, tornando o campo suscetível a “bruxaria gerencial”. Um conjunto de supostos conhecedores do tema destilando teorias nunca praticadas ou testadas. Para quem está colocando a carreira, reputação e dinheiro em decisões gerenciais não dá pra escolher o que fazer em função do que:

  1. deu certo no passado;
  2. funcionou numa outra empresa ou setor;
  3. aparece em reportagens de jornal
  4. pesquisas de baixa qualidade.

Ao fazer isso, empreendedores e executivos estão matando a chance de sucesso de seus negócios. É como se um médico definisse o remédio para determinado paciente em função do que prescreveu noutro paciente com situação distinta ou num paciente antigo ou mesmo. As melhores teorias de gestão são feitas da mesma forma que as teorias mais sólidas da física, química ou da medicina. Elas são desenvolvidas seguindo um rigoroso processo de identificação do problema, categorização, pesquisa, definição de hipóteses, coleta e análise de dados para, então, propor um modelo. Nesses mais de 15 anos estudando gestão da inovação conheci pensadores de primeira linha. Confio neles. Sei de onde saem suas prescrições. A ciência da inovação ainda encontra-se na infância mas, dada sua relevância para empresas e países, tenho certeza de que amadurecerá nos próximos anos separando bons médicos de charlatões. Ainda que persistam muitas dúvidas sobre como gerir de forma eficiente a inovação, existem 4 teorias já testados que precisam ser de conhecimento de executivos e empreendedores.

  1. Os mais inovadores têm desempenho financeiro e valuation superior

Diferentes pesquisas sustentam essa tese. Uma das nossas pesquisas é o 3i, índice de ações das empresas mais inovadoras do Brasil que reúne numa carteira de ações fictícia, as 20 empresas de capital aberto mais inovadoras do Brasil, entre elas, BRF, WEG, TECNISA, WHIRPOOL, RANDON, MARCOPOLO, AMBEV E GRENDENE. Nos últimos 5 anos essa carteira valorizou 4 x mais do que o Ibovespa.

  1. A taxa de sucesso de projetos inovadores em grandes empresas é muito baixa.

A gestão da inovação é muito falada mas nem tão eficazmente praticada. Estudos recentes de Harvard indicam que de 70% a 90% dos projetos de inovação em grandes empresas falham. A gestão da inovação ainda é uma “ciência” com baixo grau de acerto o que, considerando a relevância do tema, exige que a prática melhore seus resultados.

  1. As práticas para inovar que funcionam em startups são bastante distintas das que funcionam em grandes empresas. 

Grandes empresas e startups operam segundo propósitos, práticas e procedimentos absolutamente diferentes. Ambas podem, em termos de inovação, utilizar-se umas das outras, mas aplicar nas grandes empresas os métodos, ferramentas e mentalidade de inovação que dão certo nas startups não resultado em mais e melhores inovações pois há grande diferença nos dois contextos.

  1. Grandes empresas são feitas para operar um modelo de negócio existente com previsibilidade e eficiência 

O foco da grande empresa não é a descoberta do futuro. Todos os sistemas, desde o planejamento estratégico, orçamento, avaliação de desempenho individual, remuneração, distribuição do trabalho e formação de equipes são desenhados para dar eficiência ao modelo atual o que, ao mesmo tempo, gera barreiras para a inovação. Você não precisa ser um teórico para saber que ferramenta, modelo ou teoria é o remédio mais adequado para o seu desafio. Abrir mão de usar aquilo que há de mais sólido no seu campo de atuação para repetir comportamentos passados ou usar conhecimento não confiável não é a conduta mais profissional. Se você quer inovar em uma grande empresa ou mesmo em uma startup, conhecer essas 4 teorias da gestão da inovação pode fazer toda diferença.

Até a próxima Inovação!

Maximiliano Selistre Carlomagno

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